Capítulo 1 - Encarar a vida com uma venda nos olhos
A lua brilhava já no céu, sendo reflectida na água do mar. Leah, sentada numa das rochas de frente para o mar, mirava-a. Não sabia o que fazer, como agir. Defendia o seu inimigo sem saber a razão de fazê-lo. O que é que a levaria, realmente, a abandonar a alcateia de Sam?
Silenciou aquela voz irritante da sua cabeça, juntamente com todas as questões que levantava, e questionou-se simplesmente ácerca do porquê de desistir de tudo para se dar ao trabalho de defender alguém que odiava e não suportava. Era estupidamente absurdo ficar do lado de vampiros! Mas aquela questão era igualmente absurda, porque Leah sabia que o motivo pelo qual deixara Sam e a sua alcateia, não tinha sido todos aqueles sugadores de sangue. O motivo era outro. Ela nunca se tinha sentido desejada ali, porque honestamente, nunca o fora. E claro, aquilo também não era o que ela desejava, de forma alguma. Nunca conseguia controlar o que se passava consigo, porque não podia escolher entre ser ou não uma loba. Ela tinha sido escolhida, e era uma questão de tempo até se transformar.
Em pouco tempo, a lua desceria e o sol voltaria a subir para o céu. Leah ia ter de voltar àquela casa a abarrotar de vampiros mal cheirosos, enfrentar a tristeza e o mau humor de Jake, e a estúpida alegria do seu irmão por estar a defender aquela suposta espécie inimiga. E tudo isso para não ter de ver o seu ex-namorado agarrado à sua prima, que fora antigamente uma irmã para ela com quem ela sempre contara. Leah costumava partilhar com Emily tudo àcerca da sua relação, incluindo as últimas discussões que teve com Sam que aconteciam por ele se ter tornado num lobisomem. Partilhava tanta coisa com ela e sem mais nem menos, ao decidir que deveria apresentá-los, aconteceu o que menos esperava. Viu a sua vida a desmoronar-se, tudo aquilo que ela mais gostava a traiu. Sentia-se sozinha, rodeada pela escuridão, não sabia o que fazer, como se daqui para a frente fosse ver a vida com uma venda nos olhos. Agora tudo mudava sem ela se dar conta, porque repentinamente a pessoa que melhor a compreendia era, nem mais nem menos, Jacob. Este último encontrava-se numa situação semelhante à dela. Apenas com algumas alterações, visto que ela via e conseguia até sentir a tristeza que brilhava nos seus olhos escuros. Jacob via Bella morrer para dar à luz um monstro, um monstro que era filho dela e do seu marido vampiro. Além disso, Bella continuava a brincar com os seus sentimentos, sendo egoísta ao ponto de fazer questão de o ter por perto, como se ele precisasse de ver melhor tudo aquilo que se passava no interior daquela casa... como se o seu coração já não se encontrasse destroçado por ter que assistir à sua morte. Mas o pior é que ela acreditava que poderia sobreviver àquilo, como se fosse possível. Todo aquele optimismo enraivecia Leah. Bella tinha um monstro a crescer dentro de si que a tentava matar lentamente, ainda assim, continuava a sorrir, acreditando plenamente que toda aquela parvoíce resultaria pelo melhor.
Repentinamente, Leah sentiu o calor da raiva a correr-lhe nas veias. Levantou-se e tentou, em vão, controlar-se para impedir que acontecesse o que sabia que aconteceria. Ela ainda não tinha muita prática em controlar a sua própria raiva, e por isso sabia que a única solução era deixar a loba que tremia de raiva sair de dentro de si. Num salto perfeito as roupas dela rasgaram-se e transformaram-se em meros farrapos que se espalharam pelo chão. Leah explodiu. No lugar onde se encontrava sentada uma rapariga de caracóis pretos e grossos, com os olhos verdes marejados de lágrimas, estava agora uma loba forte e perigosa.
O luar iluminava o seu pêlo castanho. Os seus olhos ainda estavam vermelhos e húmidos de tanto ter chorado. Aquela loba mergulhou na densidade da floresta escura e fria de La Push e correu até à casa dos Cullen.
A lua brilhava já no céu, sendo reflectida na água do mar. Leah, sentada numa das rochas de frente para o mar, mirava-a. Não sabia o que fazer, como agir. Defendia o seu inimigo sem saber a razão de fazê-lo. O que é que a levaria, realmente, a abandonar a alcateia de Sam?
Silenciou aquela voz irritante da sua cabeça, juntamente com todas as questões que levantava, e questionou-se simplesmente ácerca do porquê de desistir de tudo para se dar ao trabalho de defender alguém que odiava e não suportava. Era estupidamente absurdo ficar do lado de vampiros! Mas aquela questão era igualmente absurda, porque Leah sabia que o motivo pelo qual deixara Sam e a sua alcateia, não tinha sido todos aqueles sugadores de sangue. O motivo era outro. Ela nunca se tinha sentido desejada ali, porque honestamente, nunca o fora. E claro, aquilo também não era o que ela desejava, de forma alguma. Nunca conseguia controlar o que se passava consigo, porque não podia escolher entre ser ou não uma loba. Ela tinha sido escolhida, e era uma questão de tempo até se transformar.
Em pouco tempo, a lua desceria e o sol voltaria a subir para o céu. Leah ia ter de voltar àquela casa a abarrotar de vampiros mal cheirosos, enfrentar a tristeza e o mau humor de Jake, e a estúpida alegria do seu irmão por estar a defender aquela suposta espécie inimiga. E tudo isso para não ter de ver o seu ex-namorado agarrado à sua prima, que fora antigamente uma irmã para ela com quem ela sempre contara. Leah costumava partilhar com Emily tudo àcerca da sua relação, incluindo as últimas discussões que teve com Sam que aconteciam por ele se ter tornado num lobisomem. Partilhava tanta coisa com ela e sem mais nem menos, ao decidir que deveria apresentá-los, aconteceu o que menos esperava. Viu a sua vida a desmoronar-se, tudo aquilo que ela mais gostava a traiu. Sentia-se sozinha, rodeada pela escuridão, não sabia o que fazer, como se daqui para a frente fosse ver a vida com uma venda nos olhos. Agora tudo mudava sem ela se dar conta, porque repentinamente a pessoa que melhor a compreendia era, nem mais nem menos, Jacob. Este último encontrava-se numa situação semelhante à dela. Apenas com algumas alterações, visto que ela via e conseguia até sentir a tristeza que brilhava nos seus olhos escuros. Jacob via Bella morrer para dar à luz um monstro, um monstro que era filho dela e do seu marido vampiro. Além disso, Bella continuava a brincar com os seus sentimentos, sendo egoísta ao ponto de fazer questão de o ter por perto, como se ele precisasse de ver melhor tudo aquilo que se passava no interior daquela casa... como se o seu coração já não se encontrasse destroçado por ter que assistir à sua morte. Mas o pior é que ela acreditava que poderia sobreviver àquilo, como se fosse possível. Todo aquele optimismo enraivecia Leah. Bella tinha um monstro a crescer dentro de si que a tentava matar lentamente, ainda assim, continuava a sorrir, acreditando plenamente que toda aquela parvoíce resultaria pelo melhor.
Repentinamente, Leah sentiu o calor da raiva a correr-lhe nas veias. Levantou-se e tentou, em vão, controlar-se para impedir que acontecesse o que sabia que aconteceria. Ela ainda não tinha muita prática em controlar a sua própria raiva, e por isso sabia que a única solução era deixar a loba que tremia de raiva sair de dentro de si. Num salto perfeito as roupas dela rasgaram-se e transformaram-se em meros farrapos que se espalharam pelo chão. Leah explodiu. No lugar onde se encontrava sentada uma rapariga de caracóis pretos e grossos, com os olhos verdes marejados de lágrimas, estava agora uma loba forte e perigosa.
O luar iluminava o seu pêlo castanho. Os seus olhos ainda estavam vermelhos e húmidos de tanto ter chorado. Aquela loba mergulhou na densidade da floresta escura e fria de La Push e correu até à casa dos Cullen.